O que é a meditação? Para que serve? Porque é que queremos aprender a prática? O que é que procuramos? Para onde é que queremos ir quando meditamos? Que estado de consciência é que pretendemos quando meditamos? Aqui descobriremos porque é que a meditação é um caminho para a luz.
Fechemos os olhos e reflictamos sobre cada pergunta. No belo livro Rosa Ignea, de Samael Aun Weor, o mestre é claro sobre o autodomínio e como a meditação nos ajuda nesse processo. "Tem de ganhar controlo total sobre si próprio". conclui.
Meditar não é pensar. É pôr de lado o intelecto e procurar o silêncio. Nesse silêncio, encontramo-nos com a nossa alma, unimo-nos ao nosso Eu interior. Encontramo-nos com o que realmente somos, sem conceitos, sem distorções e distracções da mente. É por isso que a meditação é um caminho para a luz, para o nosso Ser.
A mente e personalidade, fazem-nos ter uma perceção distorcida de nós próprios. Isto torna-nos vítimas de sistemas, que se tornam um véu que nos afasta cada vez mais da nossa realidade interior e nos impede de a ver como ela é. O intelecto inferior faz-nos ver o mundo e a nós próprios de uma forma que não somos realmente. Pensamos muitas coisas sobre nós próprios, pensamos muitas vezes que somos melhores ou piores, sábios ou ignorantes. Caímos sempre num eterno dualismo, onde a tese e a antítese estão sempre em combate. A meditação é uma forma de transcender este estado de espírito dualista, e de nos fazer experimentar o Samadhi, um estado de consciência que nos permite sentir o real e intuir a verdade por detrás de cada mistério.

A meditação traz-nos inúmeros benefícios. Traz-nos o sentimento de plenitude, de união com Deus, de paz interior, de felicidade. Como enfatiza o Venerável Mestre Samael Aun Weor na mesma obra citada acima: "A meditação é a disciplina esotérica dos gnósticos."
A meditação dá-nos também uma melhor compreensão de tudo o que nos rodeia. Mais uma vez, este Mestre guia-nos com a sua sabedoria sobre o assunto: "Um mestre de Samadhi entra em todos os planos de consciência. Com o Olho de Dagma, procura todos os segredos da Sabedoria do Fogo". Para além disso, a meditação ajuda-nos a desenvolver uma maior sensibilidade à vida, tornando o nosso coração mais sensível e mais intuitivo. Temos sonhos mais claros e mais lúcidos, bem como um maior controlo sobre os nossos estados mentais e emocionais.
Só com a prática diária e incansável, dia após dia, é que podemos ver os benefícios da meditação. Ficar no domínio das teorias, lendo inúmeros livros sobre meditação, não nos levará a lado nenhum. Apenas obteremos informação. O que nos leva a experimentar e a ter controlos eficazes sobre o nosso corpo e a nossa mente é a PRÁTICA.
Mas como meditar?
A meditação é um "estado de consciência". Para o conseguir, podemos utilizar várias técnicas ou práticas. Algumas com a ajuda de mantras ou canções, mas todas as técnicas de meditação se resumem em etapas fundamentais, que devemos alcançar para ter sucesso nesta ciência e que são as seguintes

Asana
Postura do corpo físico. Existem diferentes posturas para o exercício da meditação, por exemplo:
Posição da estrela de cinco pontas (deitado com os braços e as pernas abertos).
Pose do homem morto (decúbito dorsal deitado com os calcanhares juntos e as mãos ao longo do corpo ou na cintura).
Postura de lótus (sentar-se com as pernas cruzadas uma sobre a outra).
● Semi-postura (sentado com as pernas cruzadas).
Siddhasana ou postura perfeita (que consiste em fechar o polegar com o indicador num círculo magnético, apoiando as costas da mão no joelho).
Vajrasana ou postura do diamante (como os Incas e os Japoneses se sentam, com as mãos apoiadas nas coxas e o tronco do corpo apoiado nos calcanhares).
Postura egípcia, a postura mais simples para os ocidentais (sentado numa cadeira ou poltrona confortável, formando ângulos rectos de 90° nos joelhos e cotovelos, mãos apoiadas nas pernas).
O importante, independentemente do Asana; ou postura adoptada, é manter a coluna vertebral direita.
Pratyara
Esqueça a mente, abstração dos sentidos. Retire a mente dos sentidos para dar lugar à Consciência. Mantenha a sua atenção fixa num ponto, por exemplo, o seu coração, ou simplesmente sinta-se no momento, aqui e agora. E observe serenamente os pensamentos que passam pela mente, sem se identificar com eles (não deixe que nenhum pensamento atraia a sua atenção). Deixe-os passar como pássaros no céu, enquanto nós permanecemos com a nossa atenção fixa no mesmo ponto. (Dica: imagine-se, sinta-se como uma grande rocha ou montanha, fixa, imóvel, imutável, eterna; enquanto os pensamentos são como os pássaros, o vento, o tempo, as eras, eles passam, mas nós permanecemos sempre ali, imóveis).
Depois, a mente relaxa e os pensamentos esgotam-se gradualmente. E começamos a perceber a impermanência e a natureza dual dos pensamentos e logo transcendemos essa luta de opostos.
Dharana
Concentração, que significa fixar a mente num ponto ou numa coisa. Por exemplo, no batimento cardíaco, na respiração, num mantra, numa música, numa parte do corpo (as escolhas mais indicadas, para resultados mais rápidos, são o coração e a pineal, no topo e no centro da cabeça).
Dyana
Meditação, que significa refletir sobre o conteúdo substantivo daquilo em que se está a concentrar. A reflexão é a utilização da "consciência" ou da "atenção" como capacidade cognitiva, e não do "raciocínio", como estamos habituados. Por isso, para que esta reflexão seja perfeita, deve ocorrer na ausência de pensamento (daí os passos acima). A meditação é uma "Estado de Consciência", um "Estado" de "Mente Passiva" e "Consciência" ou "Atenção". "Ativo". Neste estado, a Consciência tem a capacidade de conhecer ou apreender em qualquer direção.
Samadhi
É o êxtase, um estado profundo de meditação. Nesse estado, a Essência escapa momentaneamente do Ego e a Consciência dissolve-se como uma gota no Grande Oceano da Vida. Liberte-se e sinta-se uno com o objeto de concentração, ou em níveis mais profundos (pois há níveis e níveis de Samadhi) com o próprio Universo e o Criador.
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