Magia Elemental da Natureza – O Domínio da Natureza Interior
12 May, 2020A ALMA DA NATUREZA
14 May, 2020Meditar é Um caminho para a luz
O que é meditação? Qual a sua utilidade? Por que queremos aprender tal prática? O que buscamos com ela? Onde queremos chegar quando meditamos? Que estado de consciência almejamos ao meditar? Aqui vamos descobrir por que meditar é um caminho para a luz.
Fechemos os olhos e reflitamos sobre cada pergunta. No belo livro Rosa Ígnea, de Samael Aun Weor, o mestre é claro sobre o autodomínio e sobre como a meditação nos ajuda nesse processo. “Há que se adquirir um completo controle de si mesmo”, conclui.
Meditar não é pensar. É deixar o intelecto de lado e buscar o silêncio. Nesse silêncio, encontramos nossa alma, nos unimos ao nosso Ser interior. Encontramos o que realmente somos, sem conceitos, sem distorções e distrações da mente. É por isso que meditar é um caminho em direção à luz, em direção ao nosso Ser.
A mente, a personalidade, nos faz ter uma percepção distorcida, e é aí que nos enganamos, pensando ser a ilusão, a própria realidade, fazendo-nos vítimas de sistemas que se transformam em um véu que nos distanciam cada vez mais da realidade tal como ela é. O intelecto inferior, nos faz ver o mundo e a nós mesmos da forma que não somos em verdade. Pensamos muitas coisas sobre nós mesmos, muitas vezes nos achamos melhores ou piores, sábios ou ignorantes. Caímos sempre num eterno dualismo, onde a tese e a antítese sempre entram em combate uma com a outra. A meditação é uma maneira de transcender esse estado de dualismo da mente, de fazer-nos experimentar o Samadhi, um estado de consciência que nos permite sentir o real e intuir a verdade por trás de cada mistério.
A meditação nos trás inúmeros benefícios. Nos traz a sensação de completude, de união com Deus, de paz interior, de felicidade, como enfatiza o Venerável Mestre Samael Aun Weor na mesma obra citada anteriormente: “A meditação é a disciplina esotérica dos gnósticos”.
A meditação também nos possibilita a melhor compreensão de tudo à nossa volta. Mais uma vez, este Mestre nos guia com sua sabedoria sobre o tema: “Um mestre do Samadhi entra em todos os planos de consciência. Com o Olho de Dagma, ele esquadrinha todos os segredos da Sabedoria do fogo”.
Além disso, meditar ajuda-nos a desenvolver uma sensibilidade maior com relação a vida, deixando nosso coração mais sensível e nos torna mais intuitivos. Passamos a ter sonhos mais claros e lúcidos, assim como com um maior controle sobre nossos estados mental e emocional.
Somente com a prática diária e incansável, dia após dia podemos comprovar os benefícios da meditação. Ficar no campo das teorias, ler inúmeros livros sobre meditar não nos levará a lugar algum. Teremos apenas informação. O que nos leva a efetivas comprovações em nosso corpo e mente é a PRÁTICA.
Mas como Meditar?
A Meditação é um “estado de consciência”. Para atingí-lo podemos servir-nos de diversas técnicas ou práticas, algumas com a ajuda de mantras ou músicas, porém toda técnica de meditação se resume em estágios fundamentais, os quais devemos atingir para obter o êxito nesta ciência. São eles:
Asana
Postura do corpo físico. Existem distintas posturas para o exercício da meditação, tais como, por exemplo:
Posição de estrela de cinco pontas (ditado com os braços e pernas abertas).
Posição do homem morto (deitado em decúbito dorsal com os calcanhares juntos e as mãos ao longo do corpo ou sobre a cintura).
Postura de loto (sentado com as pernas cruzadas uma sobre a outra).
Postura de semi-loto (sentado com as pernas cruzadas).
Postura de siddhasana ou postura perfeita (que consiste em fechar em um círculo magnético o polegar com o índice, apoiando o dorso da mão sobre o joelho).
Postura de Vajrasana ou postura diamantina (tal e como se sentam os incas e os japoneses, com as mãos apoiadas no sobre as coxas e com o tronco do corpo descansando sobre os calcanhares).
Postura egípcia, a mais simples para nós ocidentais (sentada em uma cadeira ou poltrona confortável, formando ângulos retos de 90º nos joelhos e cotovelos, e as mãos descansando sobre as pernas).
O importante, indiferentemente de qualquer “Asana” ou postura que se adote, é manter a coluna vertebral reta.
Pratyara
Mente em branco. Abstração dos sentidos. Subtrair a mente dos sentidos para dar passagem a Consciência. Manter a atenção fixa em um ponto, como por exemplo no coração, ou simplesmente sentir-nos neste instante, aqui e agora. E observar serenamente os pensamentos que passam pela mente, sem identificar-nos com eles (não deixar que nenhum pensamento leve nossa atenção com ele). Deixá-los passar como pássaros no céu enquanto nós permanecemos com a atenção fixa no mesmo ponto. (Sugestão: imaginar-se, sentir-se como uma grande rocha ou montanha, fixo, imóvel, imutável, eterno, enquanto os pensamentos que são como os pássaros, o vento, o tempo, as idades, passam, mas nós sempre permanecemos ali, imóveis.)
Assim a mente vai se relaxando e os pensamentos vão se esgotando pouco a pouco. E vamos percebendo a impermanência e a natureza dual dos pensamentos e logo transcendendo essa luta dos opostos.
Dharana
Concentração, o que significa fixar a mente em um só ponto ou coisa. Por exemplo nas batidas do coração, na respiração, em um mantra, em uma música, em alguma parte do corpo (as mais indicadas pelos resultados muito rápidos são o coração e a pineal, no alto e centro da cabeça).
Dyana
Meditação, o que significa refletir sobre o conteúdo substancial da própria coisa na qual se está concentrando. Reflexão é o uso da “consciência” ou “atenção” como capacidade cognitiva, e não do “raciocínio” como estamos acostumados. Portanto, para que essa reflexão seja perfeita, deve ocorrer na ausência do pensamento (por isso as etapas anteriores.) Meditação é um “Estado de Consciência”, um “Estado” de “Mente Passiva” e “Consciência” ou “Atenção” “Ativa”. Nesse estado a Consciência tem a capacidade de conhecer ou apreender em qualquer direção.
Samadhi
É o êxtase ou arroubamento. Um estado profundo da Meditação. Em tal estado a Essência escapa do Ego momentaneamente e a Consciência se dissolve como uma gota entre o Grande Oceano da Vida. Livre e sente-se una com o objeto da concentração, ou em níveis mais profundos (porque há níveis e níveis de Samadhi) com o próprio Universo e o Criador.
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