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O ego

Nós temos a tendência a estar convencidos de que somos uma única pessoa dentro de nós. Que a nossa reação depende dos acontecimentos da vida já que, simplesmente, “somos assim”.

No entanto, quando um estudo profundo é feito na psique de um indivíduo, este se resulta múltiplo em sua psicologia. Como se a soma de muitas pessoas coexistisse dentro de si, lutando para permanecer em primeiro plano e negociando o controle dos sentidos, da atenção e da consciência.

Ao ler estas linhas, o leitor poderia supor que nos referimos a um indivíduo com um “transtorno de personalidade múltipla”, mas, na realidade, nos referimos ao indivíduo comum.

Segundo os estudos da psicologia gnóstica, todo indivíduo é, em maior ou menor grau, “fragmentado” em sua psicologia.

Vamos analisar dois exemplos para provar isso:

Imagine que um motorista de um veículo dirige na estrada e chega a um “engarrafamento”. Este colapso da estrada é devido a um grande acidente em que as pessoas envolvidas morreram. A primeira coisa que geralmente se pensa é “o que aconteceu?” E depois disso, é comum sentir-se impaciente, e essa impaciência às vezes atinge o limite do desespero, principalmente se está com pressa porque está atrasado para o trabalho.

Esse engarrafamento, na realidade, é causado pela curiosidade das pessoas, já que o mesmo não está bloqueando a estrada, está ao lado dela.

Assim, nosso motorista, impaciente e desesperado para sair do engarrafamento, continua sua lenta marcha até o momento em que chega ao acidente. Ali, por um instante, se esquece de seu trabalho e sua impaciência desaparece, desacelerando ainda mais seu veículo, satisfazendo sua curiosidade, causando mais engarrafamento.

Temos certeza de que somos sempre a mesma pessoa?

Segundo exemplo:

Pedrinho se casa com Maria e promete seu amor eterno.

Ao longo dos anos eles constroem uma vida juntos, têm filhos e tudo parece ir muito bem. Um dia, Pedrinho começa a se sentir atraído por uma colega de trabalho. No começo, tudo parece estar sob controle, mas ao longo dos meses, a atração e o desejo se tornam insuportáveis, até o momento em que eles começam uma “aventura”.

Primeira contradição: Pedrinho se sente culpado por sua vida dupla, mas, ao mesmo tempo, é incapaz de deixar sua amante.

Quando ele está em casa, se convence a deixar sua aventura, mas, uma vez fora de sua casa, tudo o que ele pensa é em ver sua amante.

Qual dos dois é Pedrinho, ou são ambos?

Segunda contradição: No final, Maria descobre a aventura de Pedrinho e forma “o espetáculo do século”.

Desde o primeiro momento da reivindicação, Pedrinho se sente como se um raio o tivesse partido em dois. O coração está apertado, lhe dá taquicardia, e está em “choque”, talvez pensando: “Eu perdi minha casa, meu carro, minha esposa vai se casar novamente e eu vou ter que dividir meus filhos com um homem maior, mais forte e mais bonito que eu. Eu vou pra rua, perdi tudo.”É então quando a aventura termina e, pelos próximos 3 meses, ele chora para Maria, verdadeiramente arrependido, dizendo que ele era um tolo e que ela é a única que ele sempre amou.

Análise:

  1. Como podemos estar fazendo algo que entendemos ser errado ou de possíveis consequências catastróficas, mas, por outro lado, sem a força para deixar de fazer?
  2. Aparentemente, o Pedrinho verdadeiramente arrependido é o mesmo de quando ele estava em plena conquista romântica com a colega de trabalho. Mas será realmente o mesmo?

Obviamente, dois aspectos opostos não podem ser o mesmo.

Assim, a Cultura Gnóstica, baseada no reconhecimento de pensamentos, emoções, ações e instintos que fluem do inconsciente para a área consciente e vice-versa, chega à conclusão de que o ser humano é “múltiplo em sua psicologia”.

A cada aspecto psicológico que tem o seu próprio modo de pensar, sentir e agir, chamamos de “ego”.

Assim, afirmamos que temos muitos “egos”, cada um negociando para conseguir permanecer no aspecto consciente por mais tempo.

Pode parecer loucura, porém, um meditador especialista pode ouvi-los conversar em planos subconscientes e verificá-los “com seus próprios olhos”.

A forma concreta, querido leitor, na qual você pode verificar isso por si mesmo, é de uma maneira simples, aprendendo a técnica da “auto-observação”.

Técnica da auto-observação

Consiste em nos relacionar normalmente com a nossa família, na sociedade, no nosso trabalho, etc. E, ao mesmo tempo, observar nossas emoções, pensamentos e atitudes.

Desta forma, o indivíduo começa a descobrir em si mesmo certos elementos que o prejudica, como a raiva, a ganância, o ciúme, o desejo pelo mal dos outros, etc. É então quando descobrimos que não somos tão santos quanto pensávamos, uma vez que havia elementos sutis de grande perversidade e que, ainda que mantenhamos uma vida exemplar, não mudamos o que realmente somos dentro de nós.

Um dos objetivos da Cultura Gnóstica é ensinar a descobrir quem realmente somos.

. “Dizem que um soldado avisado não morre na guerra.” Assim, por exemplo, no exemplo de Pedrinho, ele poderia ter descoberto sua luxúria antes de ser pego por ela. Ou, no primeiro exemplo, o nosso motorista teria se perguntado: “Por que eu fico estressado se, com o estresse, eu não vou conseguir voar por cima dos outros carros? Se eu me estressar eu vou chegar antes?”

Existe dentro de cada indivíduo uma “luz interior”…. A Consciência.

A Cultura Gnóstica ensina a criar um “centro de gravidade” ao redor da consciência, deslocando os “egos” contraditórios, permitindo assim que a pessoa seja sua melhor versão. Ao mesmo tempo, libertá-la dos aspectos que, sem estar consciente, se submeteu, gerando assim, um impacto positivo em todos que a rodeiam e em si mesma.

Então, a Cultura Gnóstica leva luz onde só há escuridão. É por isso que o convidamos a mergulhar nesses estudos para realizar uma mudança positiva em sua vida, uma mudança perene até a morte.

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